O primeiro desafio: o idioma!
O primeiro desafio é o idioma. Entender e se expressar de acordo com determinada cultura não é tarefa simples. Não basta entender ao pé da letra a língua, as nuances do idioma só se aprende no dia a dia e nas relações, e tudo isso leva tempo. É preciso ter paciência, e se arriscar no contato, mesmo nos momentos de dúvidas.
O sentimento que mais prevalece é a frustração ao tentar se comunicar e não atingir o objetivo. Nesses momentos pode ser que a insegurança tome conta e fica mais difícil tentar novamente.
Não desista, e também não deixe outra pessoa falar por você, caso esteja com alguém que domine mais a língua, para que isso não se torne um hábito. Além do mais, quem deve falar em seu nome é você mesmo! A fala expõe nossa singularidade e nossa diferença no contato com o outro.
Em alguns casos, pode até ocorrer um bloqueio ou uma inibição, o que merece um olhar mais aprofundado que pode acontecer durante um processo psicoterapêutico.
Outra questão recorrente é a sensação de se sentir criança novamente. Aprender a falar, ser compreendido, parece até outra vida!
Uma atividade simples que no país de origem se faz tranquilamente, pode parecer algo muito complicado. Como, por exemplo, resolver alguma pendência no banco ou fazer uma ligação telefônica.
O estrangeiro engatinha no início em relação ao idioma e aos costumes. Assim como a criança necessita engatinhar para depois andar. O estrangeiro também precisa de tempo para se desenvolver no novo mundo.